Citação do dia

"... não basta construir habitações, as habitações precisam de infraestruturas…"

Eng.º António Venâncio (2018)

Que fazer depois da licenciatura de ARQUITECTURA



Terminar uma licenciatura não é garantia de êxito profissional. Seja a prosseguir os estudos, seja a ganhar experiência ou num ano academico, o importante é fazer tudo para não ser mais um no mercado de trabalho.

·         É isto que pretendemos fazer, seguindo plataforma online de encontro entre empresas e talento jovem. Os desafios que os mais inexperientes enfrentam quando entram no mercado de trabalho são muitos. E o grande papão hoje é a concorrência: “Todos competem ao mesmo nível: licenciados, mestres, desempregados…E isso cria insegurança.” A maioria não se sente confiante para se atirar ao mercado de trabalho, não sabe como construir um currículo ou sequer o que fazer durante uma entrevista. “Mesmo que saiam preparados tecnicamente das universidades, esta nova etapa é um mundo quase desconhecido”,

A dificuldade aqui é saber o que fazer para adquirir essas competências.

1.Ter a melhor formação possível?

2. Apostar na experiência profissional antes do mestrado?

3. Ou fazer alguns cursos, Não existe um caminho único?

Depende de pessoa para pessoa: “Para uns passa por continuar a estudar, para outros por estágios ao longo da licenciatura (muito valorizados, porque permitem construir laços e maturidade profissional). Outros preferem ainda envolver-se em associações que desenvolvem aptidões que não são trabalhadas pela universidade.”



1.1.       ONDE ESTOU E PARA ONDE VOU

            Uma das grandes dificuldades é saber o que se quer fazer após a licenciatura. Ou que formação será mais útil no futuro profissional. Só que para isso é preciso auto-análise.

Para fazerem uma escolha preparada, boa parte dos recém-licenciados opta por procurar uma ou mais experiências profissionais antes de começar o mestrado.

A alternativa seria conciliar os dois, mas “muitas vezes não é fácil”, e por isso o ideal será os alunos aproveitarem “os estágios dados pelar institueções ou curriculares para irem percebendo do que gostam e por onde querem ir”. Essa ginástica já não é tão difícil nos dias que correm, uma vez que as empresas dão cada vez mais flexibilidade a quem quer conciliar estudos e emprego: “Muitas deveriam ceder um dia por semana para os jovens fazerem a tese, deixam-nos sair mais cedo para ir às aulas ou têm academias internas que são verdadeiras universidades.– mestrado, MBA ou pós-graduação”, adverte a vice-presidente do departamento de Saídas Profissionais e Empreendedorismo da Associação Académica da Universidade do Minho.

Reconhecemos ainda reconhece que por vezes uma experiência vasta pode compensar essa lacuna. A maioria dos estudantes contudo opta por seguir logo para mestrado a partir da análise das candidaturas que lhe chegam.



1.2.       DO LADO A AO LADO B

Se é certo que a formação é hoje valorizada, existem outras competências fundamentais que vão sendo conquistadas ao longo da vida mas não são mensuráveis pela média ou pelo currículo académico.

Para lá das competências técnicas e da experiência, olham para o lado B dos candidatos, para aquilo que os move: o associativismo, as viagens que fizeram, o voluntariado, etc. Procuramos pessoas assertivas, com capacidade de arriscar, resilientes, que saibam cooperar, com vontade de aprender e espírito crítico.

Os que não tiveram experiências estão na estaca zero – e nesse caso é preciso perceber porque não as tiveram.

Uma experiência diferente porém não vale por si – tudo depende de quem a viveu e do que retira dela. É isto que leva Patrícia Pita a avisar que um gap year pode ser bom ou mau para o currículo.

“Depende das escolhas que forem feitas nesse ano. Se fizer um ano de pausa, mas este não for planeado e não houver aquisição de conhecimentos, não é valorizado. Mas se for um ano bem aproveitado, a adquirir novas competências, pode ter um enorme valor, como: fiscalização, orçamento, designer, softwares ( todos os programes influentes para o seu crescimento na formação)

Neste universo de escolhas e possibilidades, não existe certo ou errado. Tudo depende da forma como cada um aproveita as oportunidades que lhe vão surgindo. Em boa parte das vezes, o maior obstáculo neste caminho depois da licenciatura está nos próprios recém-licenciados “Muitos acomodam-se a uma realidade que, não sendo cor-de-rosa, a torna ainda mais cinzenta.”

É preciso, pois, outra atitude perante as coisas, sem medo de ir tentando percorrer o seu caminho – e com a consciência de que, quando não se vai no sentido certo, há sempre a possibilidade de “alterar o sentido da marcha”.



1.3.      21 carreiras que você pode seguir após se formar em arquitetura

 
Concluir a formação em arquitetura pode ser um processo árduo e longo, mas também muito gratificante. Apesar disso, muitos arquitetos recém-graduados ficam incertos sobre o que querem fazer ou sobre assumir a decisão de não trabalhar com projeto de arquitetura. A seguir, compilamos uma lista de 21 carreiras que você pode seguir com um diploma em arquitetura, que pode ajudar alguns a superar a difícil barreira de começar planejar a vida profissional que os aguarda.


1.1.1.   Carreiras em arquitetura

Arquitetura: a arte ou prática de projetar e construir edifícios. Arquitetos muitas vezes discutem sobre a definição real de nossa disciplina, mas nunca conseguem realmente evitar o uso de termos amplos, provenientes de uma educação fantasticamente ampla. Não é de surpreender, então, que seja assustadora a tarefa de descobrir que tipo de arquiteto você quer ser. Abaixo, uma lista de 7 caminhos na arquitetura para você considerar.



1.1.2.    Paisagismo
Projetar paisagens, incluindo infra-estrutura, áreas públicas, agricultura e silvicultura, é vital para construir as redes que ligam nossos espaços urbanos e rurais, mas também, e talvez mais importante, é essencial para responder à globalização e às mudanças climáticas. Arquitetos paisagistas estão envolvidos na gestão de águas pluviais, restauração ambiental e áreas de lazer. Se você gosta de trabalhar com e no ambiente natural, este pode ser o caminho para você.



 
1.1.1.    Planejamento urbano

Como resultado de um crescente número de pessoas se movendo para as cidades, as condições urbanas estão constantemente em um estado de fluxo. O estado dinâmico do ambiente urbano faz com que este seja um caminho empolgante a ser tomado como arquiteto, abrangendo tudo, desde as mudanças econômicas e demográficas até o desenvolvimento sustentável. É uma responsabilidade essencial dentro de nossa profissão, e também muito desafiadora; requer adaptabilidade e resolução de problemas em larga escala.


 
1.1.1.    Restauração

A herança e a história de nossas sociedades, tal como são apresentadas através da arquitetura, não são apenas belos vislumbres do passado, mas também cruciais para entender nossa cultura como disciplina. A conservação e restauração de edifícios é, inegavelmente, um desafio; é impossível agradar a todos. A mídia freqüentemente aborda o ato de restauração como um "massacre do patrimônio", apesar das soluções muitas belas e adequadas.



 
1.1.1.    Pesquisa

Com a atual onda de design digital e constante avanço das ferramentas digitais, nossos métodos de representação e expressão estão mudando drasticamente. A tecnologia da informação teve um profundo impacto na arquitetura que está longe de se esgotar. Estas melhorias constantes são, em parte, possibilitadas pela pesquisa de arquitetos, não necessariamente voltadas ao projeto de edifícios, mas focalizando mais em como estas novas ferramentas podem melhorar nosso trabalho.




 
1.1.1.    Projeto de iluminação

A luz tem um impacto profundo em nossa saúde mental e física. Aprofundar-se na iluminação da arquitetura implica melhorar a qualidade das nossas experiências, nossa saúde e bem-estar, e a sustentabilidade não só do ambiente natural, mas também espaços menores, como os nossos ambientes de trabalho.




1.1.1.    Arquitetura política

Alguns argumentam que a arquitetura é, por natureza, política, no entanto, ser ativo nas decisões políticas de uma cidade ou país é uma história diferente. Arquitetura é mais do que apenas criar belos objetos; a disciplina tem um valor na organização da sociedade. A firma Terroir, por exemplo, trabalhou com a Prefeitura de Burnie e a Prefeitura de Parramatta, na Austrália, para defender uma certa estrutura para a cidade, prever o que pode acontecer e projetar um conjunto de critérios para a evolução urbana. É um caso de arquitetura que influencia a política, ao invés do contrário.
1.1.1.   Arquitetura extrema
Com a mudança climática, fenômenos extremos, como inundações, ondas de calor e furacões serão mais recorrentes. Os ambientes extremos existentes, como desertos, tendem a se expandir devido a fenômenos como a desertificação. Especializar-se em condições climáticas extremas é, portanto, não só uma maneira fascinante para abordar o assunto, mas também um modo de se adaptar ao futuro do planeta. 

1.1.1.   Carreiras em arte e design
Se, após a graduação, você percebe que a arquitetura não é, de fato, para você, design e arte podem ser. A arquitetura já é uma forma de design (ou talvez seja o contrário), tornando mais fácil criar links diretos entre sua educação como arquiteto e sua profissão como artista ou designer. Outra alternativa é combinar duas disciplinas, como design gráfico e arquitetura. Talvez sua paixão consista em facilitar a comunicação dos arquitetos através de gráficos!


1.1.1.   Artista

Embora Olafur Eliasson não tenha estudado arquitetura, ele trabalha com muitos arquitetos no Studio Olafur Eliasson, exemplificando como é harmoniosa e imperativa a relação entre espaço e arte. As habilidades de raciocínio e visualização espacial que se adquire na formação em arquitetura servem perfeitamente à arte de instalação, escultura e experiências espaciais, sem a necessidade de funcionalidade inerente à maioria dos projetos de arquitetura.
1.1.1.    Design industrial 
Várias empresas de arquitetura se expandiram em direção ao design industrial, devido às suas semelhanças. No entanto, o design industrial concentra-se em objetos de menor escala de produção em massa, ao contrário dos edifícios de grande escala projetados para um contexto específico. Se a perspectiva de projetar algo enorme e permanente parece intimidadora, o design industrial, com sua escala reduzida, talvez seja uma boa alternativa. 
1.1.1.    Design de mobiliário
Ainda mais do que o design industrial, o design de mobiliário pode ser visto como o irmão mais novo da arquitetura. Vários arquitetos famosos fizeram contribuições significativas para o design de móveis: Charles e Ray Eames, Alvar Aalto e Arne Jacobsen, entre outros. Arquitetos contemporâneos como Zaha Hadid estão seguindo o exemplo, provando que os ambas as práticas podem ser realizadas simultaneamente.
1.1.1.    Design têxtil
O design têxtil requer sensibilidade para cor, tactilidade, construção, padrões e formas, todos estes desenvolvidos durante os anos de qualquer aluno na escola de arquitetura. A relação entre "pele" e estrutura é, em alguns aspectos, ainda mais literal do que em um edifício. A alta costura também se aproxima da arquitetura em muitos aspectos, adotando algumas composições geométricas e escultóricas de edifícios contemporâneos


1.1.1.    Design gráfico
O design gráfico é inestimável quando se trata de comunicação. Fazer um curso de curta duração em design gráfico para complementar a formação em arquitetura pode abrir uma gama de possibilidades de trabalho dentro do campo, mas com tarefas voltadas aos seus interesses em comunicação.

1.1.1.    Design de vídeo games
A liberdade que vem com a concepção de um mundo virtual pode ser uma das coisas mais divertidas que um arquiteto recém-formado poderia querer. Construir a arquitetura de um vídeo game é uma maneira de deixar sua imaginação vagar livremente, mas também pode acrescentar mais profundidade ao seu raciocínio espacial.
1.1.1.    Fotografia
A fotografia de arquitetura está se tornando cada vez mais popular, possivelmente devido à beleza geométrica que pode emergir ao tentarmos capturar uma composição espacial dentro de uma moldura retangular. A fotografia preocupa-se mais com a estética, com o objeto e a composição naquele momento único, dentro desse quadro específico. Preocupa-se com a atmosfera fugaz, mais do que com a organização permanente de pessoas e espaços. No entanto, ainda consiste em composição, cor, ambiente e experiências.
1.1.1.    Design de produção
Embora um cenário ou palco tenham escalas bastante reduzidas, a criação de cenários para teatro e cinema permite um fluxo criativo bastante rotativo. Ele não tem as mesmas exigências de um projeto de arquitetura, permitindo experiências que podem ser mais evocativas, sensuais e voltadas para a história, e fazendo uso de todos os conhecimentos e habilidades adquiridos na formação em arquitetura.
1.1.      Carreiras fora do design
Se você está percorrendo esta lista e balançando a cabeça em qualquer menção de arquitetura, arte ou design, talvez esta lista final seja para você. Ela abrange seis carreiras fora do campo tradicional do design, adentrando as ciências humanas.
1.1.1.    Professor
É cada vez mais frequente vermos jovens professores em em escolas de arquitetura e se você está procurando mais tempo para aprender sobre o campo antes de tomar uma decisão sobre se deseja ou não permanecer nele, dedicar-se um ano ou dois ao ensino pode ser uma boa forma de fazer isso. Ensinar é uma via de mão dupla, especialmente em uma idade tão jovem, que proporciona um excelente método para aprender com seus alunos e refletir sobre a sua visão da arquitetura. aqui estão algumas dicas sobre como ter sucesso como professor.
1.1.1.    Filantropo
No passado, a arquitetura era uma profissão de cavalheiros, assumida como um empreendimento filantrópico, e não econômico. Hoje em dia, as mulheres começaram a dominar fortemente a profissão, mas felizmente o ideal filantrópico não desapareceu. A arquitetura contemporânea tem um foco necessário na sustentabilidade: ambiental, social, psicológica e econômica. O conhecimento e a consciência desses ideais podem ser convertidos em outros tipos de filantropia, se é isso que lhe interessa. Criar uma fundação sustentável para um objetivo humanitário nunca é perda de tempo.

1.1.2.    Político
Como mencionado anteriormente, a arquitetura e a política são, de muitas maneiras, inerentemente ligadas. O conhecimento que as pessoas adquirem e a maneira como elas interagem com seu ambiente, a maneira como elas se organizam, o que faz com que o corpo humano e a psique se sintam confortáveis; todas essas habilidades contribuem muito para a visão de um bom político. Na Finlândia, o deputado Anders Adlercreutz é formado em arquitetura e trabalhou muitos anos em escritório antes de se voltar para a política, enquanto que na Inglaterra, Richard Rogers faz parte da Câmara dos Lordes, além de trabalhar em seu escritório. 
1.1.3.    Conservacionista
Semelhante à filantropia, a conservação do meio ambiente está se tornando um ponto focal dentro da arquitetura. Apesar de muitos esforços, nosso planeta ainda está seguindo um caminho que leva ao desastre ambiental. Usar seu conhecimento de organização espacial para desenvolver um método de conservação ambiental não é apenas intelectualmente estimulante, como também vital para a nossa sociedade.


1.1.1.    Escritor
Tornar-se escritor ou jornalista pode ser uma ótima maneira colocar em prática sua formação arquitetônica; aprendemos a articular ideias usando (sobretudo) a linguagem descritiva e retórica, a fim de comunicar nossos projetos aos professores e colegas. Transformar isso em escrita, seja ficcional ou não, é outro modo de construir um mundo diferente. Apesar da impressão ser bidimensional, as histórias definitivamente não o são.
1.1.1.    Empreendedor
Resolução de problemas, pensamento criativo e a arte da persuasão são três habilidades que arquitetos e empreendedores têm em comum e das quais você pode tirar vantagem. Sua experiência com conceitos abstratos e interação humana pode torná-lo um concorrente mais forte com um pensamento alternativo. 





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