Que fazer depois da licenciatura de ARQUITECTURA
Terminar uma licenciatura não é
garantia de êxito profissional. Seja a prosseguir os estudos, seja a ganhar
experiência ou num ano academico, o importante é fazer tudo para não ser mais
um no mercado de trabalho.
·
É isto que pretendemos fazer, seguindo plataforma online de
encontro entre empresas e talento jovem. Os desafios que os mais inexperientes
enfrentam quando entram no mercado de trabalho são muitos. E o grande papão
hoje é a concorrência: “Todos competem
ao mesmo nível: licenciados, mestres, desempregados…E isso cria insegurança.”
A maioria não se sente confiante para se atirar ao mercado de trabalho, não
sabe como construir um currículo ou
sequer o que fazer durante uma entrevista.
“Mesmo que saiam preparados tecnicamente das universidades, esta nova etapa é
um mundo quase desconhecido”,
A dificuldade aqui é saber
o que fazer para adquirir essas competências.
1.Ter a melhor formação possível?
2. Apostar na experiência profissional antes do mestrado?
3. Ou fazer alguns cursos, Não existe um caminho único?
Depende de pessoa para
pessoa: “Para uns passa por continuar a estudar, para outros por estágios ao longo da licenciatura (muito valorizados,
porque permitem construir laços e maturidade profissional). Outros preferem
ainda envolver-se em associações que desenvolvem aptidões que não são
trabalhadas pela universidade.”
1.1. ONDE ESTOU E PARA ONDE VOU
Uma das grandes dificuldades é saber o que se quer fazer
após a licenciatura. Ou que formação será mais útil no futuro profissional. Só
que para isso é preciso auto-análise.
Para fazerem uma escolha
preparada, boa parte dos recém-licenciados opta por procurar uma ou mais
experiências profissionais antes de começar o mestrado.
A alternativa seria
conciliar os dois, mas “muitas vezes não é fácil”, e por isso o ideal será os
alunos aproveitarem “os estágios dados pelar institueções ou curriculares para
irem percebendo do que gostam e por onde querem ir”. Essa ginástica já não é
tão difícil nos dias que correm, uma vez que as empresas dão cada vez mais
flexibilidade a quem quer conciliar estudos e emprego: “Muitas deveriam ceder
um dia por semana para os jovens fazerem a tese, deixam-nos sair mais cedo para
ir às aulas ou têm academias internas que são verdadeiras universidades.–
mestrado, MBA ou pós-graduação”, adverte a vice-presidente do departamento de
Saídas Profissionais e Empreendedorismo da Associação Académica da Universidade
do Minho.
Reconhecemos ainda reconhece que por vezes uma experiência vasta
pode compensar essa lacuna. A maioria dos estudantes contudo opta por seguir
logo para mestrado a partir da análise das candidaturas que lhe chegam.
1.2.
DO LADO A AO LADO B
Se é certo que a formação
é hoje valorizada, existem outras competências fundamentais que vão sendo
conquistadas ao longo da vida mas não são mensuráveis pela média ou pelo
currículo académico.
Para lá das competências
técnicas e da experiência, olham para o lado B dos candidatos, para aquilo que
os move: o associativismo, as viagens que fizeram, o voluntariado, etc. Procuramos
pessoas assertivas, com capacidade de arriscar, resilientes, que saibam
cooperar, com vontade de aprender e espírito crítico.
Os que não tiveram
experiências estão na estaca zero – e nesse caso é preciso perceber porque não
as tiveram.
Uma experiência diferente
porém não vale por si – tudo depende de quem a viveu e do que retira dela. É
isto que leva Patrícia Pita a avisar que um gap year pode ser bom ou mau
para o currículo.
“Depende das escolhas que
forem feitas nesse ano. Se fizer um ano de pausa, mas este não for planeado e
não houver aquisição de conhecimentos, não é valorizado. Mas se for um ano bem
aproveitado, a adquirir novas competências, pode ter um enorme valor, como: fiscalização, orçamento, designer, softwares
( todos os programes influentes para o seu crescimento na formação)
Neste universo de escolhas
e possibilidades, não existe certo ou errado. Tudo depende da forma como cada
um aproveita as oportunidades que lhe vão surgindo. Em boa parte das vezes, o
maior obstáculo neste caminho depois da licenciatura está nos próprios
recém-licenciados “Muitos acomodam-se a
uma realidade que, não sendo cor-de-rosa, a torna ainda mais cinzenta.”
É preciso, pois, outra
atitude perante as coisas, sem medo de ir tentando percorrer o seu caminho – e
com a consciência de que, quando não se vai no sentido certo, há sempre a
possibilidade de “alterar o sentido da marcha”.
1.3. 21
carreiras que você pode seguir após se formar em arquitetura
Concluir a formação em arquitetura pode ser um processo árduo e longo, mas
também muito gratificante. Apesar disso, muitos arquitetos recém-graduados
ficam incertos sobre o que querem fazer ou sobre assumir a decisão de não
trabalhar com projeto de arquitetura. A seguir, compilamos uma lista de 21
carreiras que você pode seguir com um diploma em arquitetura, que pode ajudar
alguns a superar a difícil barreira de começar planejar a vida profissional que
os aguarda.
1.1.1.
Carreiras em
arquitetura
Arquitetura: a arte ou prática de projetar e construir edifícios.
Arquitetos muitas vezes discutem sobre a definição real de nossa disciplina,
mas nunca conseguem realmente evitar o uso de termos amplos, provenientes de
uma educação fantasticamente ampla. Não é de surpreender, então, que seja
assustadora a tarefa de descobrir que tipo de arquiteto você quer ser.
Abaixo, uma lista de 7 caminhos na arquitetura para você considerar.
1.1.2.
Paisagismo
Projetar paisagens, incluindo
infra-estrutura, áreas públicas, agricultura e silvicultura, é vital para
construir as redes que ligam nossos espaços urbanos e rurais, mas também, e
talvez mais importante, é essencial para responder à globalização e às mudanças
climáticas. Arquitetos paisagistas estão envolvidos na gestão de águas
pluviais, restauração ambiental e áreas de lazer. Se você gosta de trabalhar
com e no ambiente natural, este pode ser o caminho para você.
1.1.1.
Planejamento
urbano
Como resultado de um crescente número de pessoas se movendo para as
cidades, as condições urbanas estão constantemente em um estado de fluxo.
O estado dinâmico do ambiente urbano faz com que este seja um caminho
empolgante a ser tomado como arquiteto, abrangendo tudo, desde as mudanças
econômicas e demográficas até o desenvolvimento sustentável. É uma
responsabilidade essencial dentro de nossa profissão, e também muito desafiadora;
requer adaptabilidade e resolução de problemas em larga escala.
1.1.1.
Restauração
A herança e a história de nossas sociedades, tal como são apresentadas
através da arquitetura, não são apenas belos vislumbres do passado, mas também
cruciais para entender nossa cultura como disciplina. A conservação e
restauração de edifícios é, inegavelmente, um desafio; é impossível agradar a
todos. A mídia freqüentemente aborda o ato de restauração como um "massacre do
patrimônio", apesar das soluções
muitas belas e adequadas.
1.1.1.
Pesquisa
Com a atual onda de design digital e constante avanço das ferramentas
digitais, nossos métodos de representação e expressão estão mudando
drasticamente. A tecnologia da informação teve um profundo impacto
na arquitetura que está longe de se esgotar. Estas melhorias constantes
são, em parte, possibilitadas pela pesquisa de arquitetos, não
necessariamente voltadas ao projeto de edifícios, mas focalizando mais em
como estas novas ferramentas podem melhorar nosso trabalho.
1.1.1.
Projeto de iluminação
A luz tem um impacto profundo em nossa saúde mental e física.
Aprofundar-se na iluminação da arquitetura implica melhorar a qualidade
das nossas experiências, nossa saúde e bem-estar, e a sustentabilidade não só
do ambiente natural, mas também espaços menores, como os nossos ambientes de
trabalho.
1.1.1.
Arquitetura
política
Alguns argumentam que a arquitetura é, por natureza, política, no entanto,
ser ativo nas decisões políticas de uma cidade ou país é uma história
diferente. Arquitetura é mais do que apenas criar belos objetos; a disciplina
tem um valor na organização da sociedade. A firma Terroir, por exemplo, trabalhou com a Prefeitura de Burnie e a
Prefeitura de Parramatta, na Austrália, para defender uma certa estrutura para
a cidade, prever o que pode acontecer e projetar um conjunto de critérios para
a evolução urbana. É um caso de arquitetura que influencia a política, ao invés
do contrário.
1.1.1.
Arquitetura extrema
Com
a mudança climática, fenômenos extremos, como inundações, ondas de calor e
furacões serão mais recorrentes. Os ambientes extremos existentes, como
desertos, tendem a se expandir devido a fenômenos como a desertificação.
Especializar-se em condições climáticas extremas é, portanto, não só uma
maneira fascinante para abordar o assunto, mas também um modo de se adaptar ao
futuro do planeta.
1.1.1.
Carreiras em
arte e design
Se, após a graduação, você percebe que a arquitetura não é, de fato, para
você, design e arte podem ser. A arquitetura já é uma forma de design (ou
talvez seja o contrário), tornando mais fácil criar links diretos entre sua
educação como arquiteto e sua profissão como artista ou designer. Outra
alternativa é combinar duas disciplinas, como design gráfico e arquitetura.
Talvez sua paixão consista em facilitar a comunicação dos arquitetos através de
gráficos!
1.1.1.
Artista
Embora Olafur
Eliasson não tenha estudado arquitetura, ele trabalha com muitos
arquitetos no Studio Olafur Eliasson, exemplificando como é harmoniosa e
imperativa a relação entre espaço e arte. As habilidades de raciocínio e
visualização espacial que se adquire na formação em arquitetura servem
perfeitamente à arte de instalação, escultura e experiências espaciais, sem a
necessidade de funcionalidade inerente à maioria dos projetos de arquitetura.
1.1.1.
Design industrial
Várias empresas de arquitetura se expandiram em direção ao design
industrial, devido às suas semelhanças. No entanto, o design industrial
concentra-se em objetos de menor escala de produção em massa, ao contrário dos
edifícios de grande escala projetados para um contexto específico. Se a
perspectiva de projetar algo enorme e permanente parece intimidadora,
o design industrial, com sua escala reduzida, talvez seja uma boa
alternativa.
1.1.1.
Design de
mobiliário
Ainda mais do que o design industrial, o design de mobiliário pode ser
visto como o irmão mais novo da arquitetura. Vários arquitetos famosos fizeram
contribuições significativas para o design de móveis: Charles e Ray Eames,
Alvar Aalto e Arne Jacobsen, entre outros. Arquitetos contemporâneos como Zaha
Hadid estão seguindo o exemplo, provando que os ambas as práticas podem ser
realizadas simultaneamente.
1.1.1.
Design
têxtil
O design têxtil requer sensibilidade para cor, tactilidade, construção,
padrões e formas, todos estes desenvolvidos durante os anos
de qualquer aluno na escola de arquitetura. A relação entre "pele"
e estrutura é, em alguns aspectos, ainda mais literal do que em um
edifício. A alta costura também se aproxima da arquitetura em muitos aspectos,
adotando algumas composições geométricas e escultóricas de edifícios
contemporâneos
1.1.1.
Design
gráfico
O design gráfico é inestimável quando se trata de comunicação. Fazer um
curso de curta duração em design gráfico para complementar a formação em
arquitetura pode abrir uma gama de possibilidades de trabalho dentro do
campo, mas com tarefas voltadas aos seus interesses em comunicação.
1.1.1.
Design de
vídeo games
A liberdade que vem com a concepção de um mundo virtual pode ser
uma das coisas mais divertidas que um arquiteto recém-formado
poderia querer. Construir a arquitetura de um vídeo game é uma maneira de
deixar sua imaginação vagar livremente, mas também pode acrescentar mais
profundidade ao seu raciocínio espacial.
1.1.1.
Fotografia
A fotografia de arquitetura está se tornando cada vez mais popular,
possivelmente devido à beleza geométrica que pode emergir ao tentarmos capturar
uma composição espacial dentro de uma moldura retangular. A fotografia
preocupa-se mais com a estética, com o objeto e a composição naquele momento
único, dentro desse quadro específico. Preocupa-se com a atmosfera fugaz, mais
do que com a organização permanente de pessoas e espaços. No entanto, ainda
consiste em composição, cor, ambiente e experiências.
1.1.1.
Design de produção
Embora um
cenário ou palco tenham escalas bastante reduzidas, a criação de
cenários para teatro e cinema permite um fluxo criativo bastante rotativo.
Ele não tem as mesmas exigências de um projeto de arquitetura,
permitindo experiências que podem ser mais evocativas, sensuais e voltadas
para a história, e fazendo uso de todos os conhecimentos e
habilidades adquiridos na formação em arquitetura.
1.1.
Carreiras fora
do design
Se você
está percorrendo esta lista e balançando a cabeça em qualquer menção de
arquitetura, arte ou design, talvez esta lista final seja para você. Ela
abrange seis carreiras fora do campo tradicional do design, adentrando as
ciências humanas.
1.1.1.
Professor
É cada vez mais
frequente vermos jovens professores em em escolas de arquitetura e se você está
procurando mais tempo para aprender sobre o campo antes de tomar uma decisão
sobre se deseja ou não permanecer nele, dedicar-se um ano ou dois ao ensino
pode ser uma boa forma de fazer isso. Ensinar é uma via de mão dupla, especialmente
em uma idade tão jovem, que proporciona um excelente método para aprender com
seus alunos e refletir sobre a sua visão da arquitetura. aqui estão algumas dicas sobre como ter sucesso como
professor.
1.1.1.
Filantropo
No passado, a
arquitetura era uma profissão de cavalheiros, assumida como um empreendimento
filantrópico, e não econômico. Hoje em dia, as mulheres começaram a dominar
fortemente a profissão, mas felizmente o ideal filantrópico não desapareceu. A
arquitetura contemporânea tem um foco necessário na sustentabilidade:
ambiental, social, psicológica e econômica. O conhecimento e a consciência
desses ideais podem ser convertidos em outros tipos de filantropia, se é isso
que lhe interessa. Criar uma fundação sustentável para um objetivo humanitário
nunca é perda de tempo.
1.1.2.
Político
Como mencionado
anteriormente, a arquitetura e a política são, de muitas maneiras,
inerentemente ligadas. O conhecimento que as pessoas adquirem e a maneira como
elas interagem com seu ambiente, a maneira como elas se organizam, o que
faz com que o corpo humano e a psique se sintam confortáveis; todas essas
habilidades contribuem muito para a visão de um bom político. Na
Finlândia, o deputado Anders Adlercreutz é formado em arquitetura e trabalhou
muitos anos em escritório antes de se voltar para a política, enquanto que na
Inglaterra, Richard Rogers faz parte da Câmara dos Lordes, além de
trabalhar em seu escritório.
1.1.3.
Conservacionista
Semelhante à filantropia, a
conservação do meio ambiente está se tornando um ponto focal dentro da
arquitetura. Apesar de muitos esforços, nosso planeta ainda está seguindo um
caminho que leva ao desastre ambiental. Usar seu conhecimento de
organização espacial para desenvolver um método de conservação ambiental não é
apenas intelectualmente estimulante, como também vital para a nossa
sociedade.
1.1.1.
Escritor
Tornar-se
escritor ou jornalista pode ser uma ótima maneira colocar em prática sua
formação arquitetônica; aprendemos a articular ideias usando
(sobretudo) a linguagem descritiva e retórica, a fim de comunicar nossos
projetos aos professores e colegas. Transformar isso em escrita, seja ficcional
ou não, é outro modo de construir um mundo diferente. Apesar da impressão
ser bidimensional, as histórias definitivamente não o são.
1.1.1.
Empreendedor
Resolução de
problemas, pensamento criativo e a arte da persuasão são três habilidades que
arquitetos e empreendedores têm em comum e das quais você pode tirar
vantagem. Sua experiência com conceitos abstratos e interação humana pode
torná-lo um concorrente mais forte com um pensamento alternativo.
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